Brasília - Rio

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"A journey of personal growth"

Friday 23 May 2014

À Minha Mãe

Olá, amigos do Eixo! =)

Que mês corrido e agitado! Final de semestre na faculdade, final de semestre na escola onde trabalho, mil coisas acontecendo ao mesmo tempo, provas de leitura, prova de japonês, prova e preparação do pré-projeto de Linguística Aplicada, programa de extensão, UFA! Muitas coisas! Mas tudo se seguindo bem e com saúde, que é o que importa.
Essa foi uma semana extremamente complicada, não só pela quantidade de coisas pra fazer, mas principalmente porque contei à minha mãe que irei me mudar para o RJ. Uau, como foi difícil! E é a essa mulher maravilhosa, meu exemplo, minha super protetora e coruja mamãe, que eu dedicarei este post. Manteigas derretidas preparem-se, este post é de fazer chorar qualquer marmanjo que esteja longe da mamãe neste momento! XD
Eu e minha mãe somos muito apegadas uma à outra, e vivemos apenas nós duas desde que minha irmã faleceu de câncer, praticamente. Essa é a parte que mais me toca quando digo que irei, porque sei que minha mãe não estará lá ao meu lado. Rola aquele sentimentalismo e até mesmo angústia. Nossa intimidade é muito forte, e sempre nos demos muito bem. Até hoje durmo na cama com ela :3 hahaha Podem me julgar, mas isso é algo de uma preciosidade absurda para mim. Mães têm um poder absurdo de nos entender mesmo quando nós mesmos não nos entendemos, de nos dar abrigo e aconchego quando encostamos nossas cabeças em seus seios e ficamos ali, paradinhos, abraçados, curtindo um momento tão sagrado. Minha mãe é tudo para mim. Ela, por também sofrer de depressão, é a única pessoa próxima a mim que realmente me entende quando eu tenho minhas crises, e ela nunca me abandonou. Sou eternamente grata à ela por tantas coisas maravilhosas que me proporcionou e por todo amor que sempre demonstrou ter por mim, e ainda mostra de todas as formas imagináveis!  
“Mãe, se a senhora estiver lendo isto, que a senhora saiba que você é a pessoa mais importante desse mundo pra mim! Ninguém nunca vai substituir ou usurpar seu lugar no meu coração. E mesmo eu te deixando preocupada, e não fazendo o que a senhora deseja que eu fizesse neste momento, eu te amo infinitamente, nunca duvide disso! E que a senhora esteja consciente de que pode sempre contar comigo, longe ou perto, a senhora está sempre aqui dentro de mim, onde mais importa! Eu espero que eu possa te retribuir pelo menos um pouquinho de tudo que fez e faz por mim. E num futuro próximo te alegrar com muitas outras coisas! E por mais que a senhora diga que eu estou te abandonando, não é verdade. A senhora terá sempre um lugar onde eu estiver, e sei que se eu precisar a senhora também irá me receber de braços abertos. O amor mais puro de todo o mundo, o mais bonito, e o mais forte! Te amo pra sempre, mamãe!”


“Eu tenho tanto pra lhe falar
Mas com palavras não sei dizer
Como é grande o meu amor por você”



Mulher mais maravilhosa desse mundo todo, você é linda e extraordinária! Minha guerreira, mulher da minha vida, minha mãe! ❤



Grande beijo, e até a próxima postagem!


"I find your lack of faith disturbing" VADER, Darth.


Em caso de erros na postagem, gostaria de lhes pedir para que me notifiquem à fim de disponibilizar a todos um material bem escrito e de boa qualidade. Grata.

Transporte Público (parte 1)

Olá, amigos do eixo! =)

Os planos estão indo de vento em polpa! :D Essa semana já vi com a minha cunhada a respeito da transferência entre federais, como funciona esses trâmites nos departamentos da UERJ. Como estudante na UnB, pretendo continuar meus estudos em uma universidade pública. E já que tocamos neste assunto, vamos aos problemas que competem todos os estudantes dessa querida universidade brasiliense.
O pessoal que mora por aqui em Brasília sabe como é difícil se manter estudando na Universidade de Brasília e trabalhando ao mesmo tempo. E essa é uma realidade que alguns precisam enfrentar. O que dificulta é a questão do tempo + distância. Este post será dedicado à problemática do transporte público para lugares distantes, como a universidade, já que falar de tempo e distância tomaria muito espaço.
A universidade é praticamente outra cidade dentro da Asa Norte, tem até prefeito! É um lugar grande, com muitos espaços abertos, um prédio principal, outro pra reitoria, e mais outros onde as faculdades se separam, como a faculdade da saúde, direito, educação, e por aí vai. A grande maioria desses prédios está em condições impróprias para a educação. Faz anos, muitos anos, que os prédios não passam por uma reforma tanto na estrutura, quanto na aparência do lugar. É um local absolutamente bonito, perto do Lago Paranoá e com jardins maravilhosos. Mas a dificuldade pra se chegar aqui começa com o transporte público. Moradores de regiões administrativas como Gama, Samambaia, Recanto das Emas – isso sem contar o pessoal do entorno (Valparaíso, DVO, Céu Azul, etc.) – enfrenta a primária dificuldade: ônibus. Os ônibus que atendem esses lugares são velhos, quebram com grande frequência e não há alternativa, a não ser que você tenha um carro. Há alguns meses houve uma “reforma” na frota rodoviária, ônibus novos foram adquiridos e distribuídos em todo o DF. Poréeeem, o Gama (onde moro) não recebeu esses ônibus. Uma das desculpas dado pelo Governo é que nós agora temos o VLP (Veículo Leve sob Pneus), mas isso me intriga. O BRT também vai para Santa Maria – região administrativa vizinha ao Gama – e, ainda assim, eles receberam ônibus novos! Injusto! Sem contar que o bonitão do VLP já apresentou problemas antes mesmo de estar em beta teste (que é a fase atual – reparem, nem está funcionando normalmente ainda!!!!). Como? O veículo quebrou, antes mesmo de estar sendo utilizado pela população! E esses dias outro veículo quebrou, dessa vez com passageiros nele. Ou seja, o Expresso DF é falho, desde a organização das obras no balão do periquito (foram meses de inferno e poeira, o pior trânsito na saída do Gama que já vi) até o funcionamento. Sem contar que é preciso pegar um ônibus no Gama para chegar até o primeiro terminal do Expresso (veja a gravura 1), e aí sim pegar o VLP para ir até a Rodoviária do Plano, praticidade ZERO!
A falta de um metrô também é um problema. Como mencionado, você só consegue se locomover com ônibus ou tendo o próprio carro. Nada agradável. Ônibus velhos + lotação máxima em horários de pico + engarrafamento da EPIA = insatisfação total. A viagem já é suficientemente longa, e ainda lidamos com esses problemas. Do Gama até o Plano são um pouco mais de 30 km, daí já dá pra tirar quanto tempo é gasto em transportes de péssima qualidade. Troca de ônibus, sem aumento da frota que atende a população, VLP que já se mostrou problemático... Quesito transporte público Brasília deixa MUITO a desejar. É caro, desconfortável e não se tem muitas opções de linhas.
E quanto às greves? Greve no transporte público significa que você não vai conseguir nem chegar perto do seu local de trabalho ou local de estudo, ou você conseguirá chegar com muito custo (a não ser que você trabalhe e estude no mesmo bairro que você mora)! Para os estudantes da UnB isso ainda é um problema maior, já que, a grande maioria, precisa utilizar ou dois ônibus, ou metrô e ônibus, para chegar até à universidade. Nas greves o que acontece geralmente é que os ônibus passam de hora em hora, isso quando passam. E se você tem horário para chegar ao lugar, esqueça, ou você perde o compromisso ou você chega extremamente atrasado. A distância entre as regiões administrativas (bairros) do Plano Piloto, e a centralização de atividades comerciais e acadêmicas no Plano, atrapalha de uma forma terrível a circulação das pessoas por aqui. No próximo post, abordarei casos específicos dessa dificuldade.

Fonte: Maps Google.


Como deu pra notar, a primeira estação do Gama do BRT (que tem como função primaria facilitar a vida dos usuários do transporte público) fica bem longe da grande maioria de seus verdadeiros utilizadores. Da minha casa são aproximadamente 4.6 km para chegar até lá. Por isso existem os ônibus que saem da rodoviária do Gama (que fica bem no centro da cidade) para pegar as pessoas nas paradas, e só então chegarmos à estação do VLP e embarcar. Ufa! Que trabalheira e que preguiça que já deu :~



Grande beijo, e até a próxima postagem!


"I find your lack of faith disturbing" VADER, Darth.


Em caso de erros na postagem, gostaria de lhes pedir para que me notifiquem à fim de disponibilizar a todos um material bem escrito e de boa qualidade. Grata.

Sunday 27 April 2014

Resumo do meu histórico com o RJ

Olá, amigos do eixo! =)

A brasiliense que vos escreve hoje vai falar sobre como surgiu a ideia de sair da capital para a ex. Bom, como – suponho – que vocês já tenham se familiarizado um pouco mais com a minha história, vamos detalhá-la um pouco mais.
Eu nunca fui muito fã do Rio de Janeiro por um motivo um tanto traumatizante. Quando eu era pequena, por volta dos 3 ou 4 anos, meus pais se separaram na época em que minha irmã adoeceu. Ela tinha um câncer raro chamado Sarcoma de Ewing¹, de diagnóstico demorado, foram meses para que descobrissem o que ela tinha. Quando descobriram o que eram, ela conseguiu uma vaga num dos melhores hospitais que eu já vi em minha vida, um modelo, o Hospital Sarah Kubitscheck. Porém, eles não tinham um dos tratamentos necessários para o caso da minha irmã. Então, fomos primeiramente para Campinas – SP, ficamos por volta de dois meses, voltamos. Passou um tempo, minha irmã e minha mão tiveram que ir para o Rio de Janeiro para que minha ela pudesse realizar a radioterapia. Elas foram e eu tive que ficar morando com o meu pai e meus outros dois irmãos. Muitos homens e eu, com 7 anos. Bom, homens não são lá essas coisas no quesito criação de uma menina - se bem que não sei se é uma regra tão geral, mas, enfim, foi um período bem complicado. Depois de alguns meses é que meu irmão mais velho, que não morava na casa do meu pai, foi me deixar no RJ para ficar com a minha mãe. Morávamos na Baixada Fluminense, e foi um período muito difícil. O lugar não era legal, não tínhamos nem muita coisa para comer. Passamos muita dificuldade por lá, e foi uma época em que o câncer da minha irmã estava num estágio avançado. Isso aconteceu em 2001. No final desse ano, mais ou menos em novembro, minha mãe e minha irmã me trouxeram de volta para Brasília, mas tiveram que voltar, pois as dores da minha irmã estavam cada vez piores. Inclusive elas tiveram que ficar algumas semanas em Juiz de Fora – MG, porque minha irmã não aguentou seguir viagem e teve que ser internada. E mais uma vez tive que ficar com meu pai e meus irmãos.
Desde então tudo o que eu ouvia na TV a respeito do RJ para mim não passava de mentiras e exageros. “A cidade maravilhosa, a cidade mais bonita do Brasil...” NUNCA! Aquele lugar era feio, horrível, além de só me trazer lembranças ruins. “Só olham as praias”, pensava eu – o que não deixa de ser verdade XD – e olha que eu já vi praias muito melhores do que as do RJ, hein! Babação de ovo desnecessária, até hoje acho isso!
E esse trauma me seguiu até o dia em que fui ver a família do Rodolfo pela primeira vez, era meu pensamento “papel de parede”. Mas até que não foi tão ruim. Tirando o calor infernal do verão de lá, foi bem tranquilo. Claro, vi as partes horrorosas da cidade, mas tem partes bonitas que não sejam as praias. E agora, com todas as minhas idas lá, me apeguei à família dele, aos amigos, que agora também são meus, e o RJ não pareceu mais um lugar tão horrível. Na verdade, tem muitas vantagens por lá, como preço da moradia, transporte público, facilidade e custo em achar certos produtos que em Brasília são bem mais difíceis de encontrar, e às vezes quando encontramos, são mais caros. Mas esses são assuntos para postagens futuras J




P.S.: Uma das minhas frustrações na casa onde a gente morava na Baixada Fluminense era que eu não podia ver o mar. Eu subia na laje todos os dias, e de lá ficava fitando um horizonte de cerras, montanhas e vazios, menos o mar. Daí eu ficava imaginando pra que direção seria o mar... Eu morava no estado praiano mais famoso do país e tinha visto o oceano apenas uma vez, e foi num dia mega nublado! Não fazia sentido na minha cabeça. Então, todos os dias eu olhava, tentando achar a imensidão azul depois do horizonte.




¹ Para mais informações acesse:
http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=345




Grande beijo, e até a próxima postagem!


"I find your lack of faith disturbing" VADER, Darth.


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Tuesday 22 April 2014

Introdução

Nascida e criada em Brasília, já conheci e morei em alguns lugares do nosso país, cidades grandes e pequenas, interiores e capitais. Sou a típica brasiliense, que cursa a faculdade na Universidade de Brasília, sofre com o trânsito caótico (quando chove então, que inferno!) e todo o estresse de ser dependente de transporte público (nossa capital deixa MUITO a desejar nessa parte), trabalha e ainda mora com a mãe. Graduanda do curso de Letras Inglês - Bacharelado, estudante de japonês, professora, blogueira e gamer nas horas vagas, gosto da ciência "exata" das Letras, a Linguística Geral. Futura programadora de softwares de linguagem, pretendo aproveitar as diferentes oportunidades de usar o meu inglês. Sou apaixonada por livros, às vezes compro só por comprar, mesmo sabendo que não terei tempo de lê-los com a vida acadêmica ativa. Gosto de séries, alguns animes, e quando tenho um tempinho, assisto algum filme que me interesse o títulos, não sou cinéfila e nem muito ligada à esse tipo de entretenimento. Contudo, tenho minhas franquias favoritas, a vencedora é Star Wars. Adoro os filmes, até mesmo os mais recentes. Darth Vader for president! XD Anyways... Agora que vocês já sabem um pouco sobre mim, vamos aos objetivos do blog, e que tipo de matérias se pode esperar dessa bagaça que, com toda sinceridade, faço muito mais para mim mesma do que para vocês, caros leitores. 
Este blog está nascendo da ideia - como o próprio título diz - dessa brasiliense que vos escreve de mudar-se para o Rio de Janeiro, um dos principais cartões postais e tida como capital cultural brasileira (o que, particularmente, acho injusto). Meus amigos conhecem a história, mas não sei quantos deles estarão lendo essas palavras, então vou fazer um resumão (amigos, pessoas que não se interessam, sintam-se à vontade para pularem o cronograma de eventos passados que se segue):


- Meados de 2008, um garoto chamado Felipe Soares (RJ) me adicionou por engano no msn. Daí surge uma amizade virtual que se expande aos amigos Carlos (RJ) e Leonardo (RJ). O contato é constante, e quase sempre nos falávamos, ou com um ou com outro. (A amizade dura até hoje.)
- 07/01/2011, Orkut: Carlos posta uma foto do Rodolfo (RJ - primo do Felipe e grande amigo em comum deles, eu nunca nem tinha ouvido falar). Pessoa bonita e tal, gostei e resolvi comentar. Apresentação rápida e, digamos, bem superficial, nos adicionamos no orkut. Conversamos algumas vezes depois disso, nada demais.
- Julho/2011: Depois de meses sem trocar nenhuma palavra, Rodolfo e eu reestabelecemos contato, mas dessa vez com frequência e duração maiores. Amizade, pura e simples, nada demais.
- Agosto - Setembro/2011: A amizade tava muito fofa e começou a pintar um clima sagaz entre nós. Demonstramos interesse mútuo e igual vontade de conhecermos um ao outro pessoalmente, a internet tava ficando insuficiente.
- Outubro/2011: Com ligações diárias e conversas FOOOFINHAS (*w*), decidimos afirmar nosso relacionamento como namorados publicamente. Mesmo longe (foi difícil), assumimos nossos compromissos e ele decidiu quando viria me ver.
- 13/Novembro/2011: Chegou o grande dia! Depois de quase dois meses intermináveis e uma aflição lascada, nos encontramos pessoalmente pela primeira vez no Aeroporto Internacional de Brasília. Foi lindo, mágico, e muito sensacional.
- Desde então: ficamos por algum tempo no namoro à distância, algumas visitas aconteceram tanto da parte dele quanto da minha indo ao Rio, mas desde Julho/2012, Rodolfo mora em Brasília, nos vemos diariamente, e estamos lutando para crescermos juntos.



Agora, que vocês sabem o que aconteceu, vamos lá! Rodolfo e eu temos empregos legais aqui em Brasília, minha família e amigos estão todos aqui, e tive a grande oportunidade de estar cursando minha faculdade numa universidade federal bem conceituada. Porém, existem dificuldades por aqui, como: transporte público, dificuldade para se encontrar coisas, custo de vida, opções de lazer, sem contar que o Rodolfo não tem amigos por aqui, tirando minha família. Dessas dificuldades, farei um post específico falando sobre cada um. Mas além das dificuldade, tive a ideia para crescimento pessoal. Ao longo das postagens no blog, vou explicar melhor para vocês o que se passa por aqui em Brasília, as coisas que penso, as que tenho medo, e assim por diante. E, também, continuarei escrevendo quando eu estiver no Rio de Janeiro, para mostrar algumas diferenças cruciais entre nossa amada capital e a cidade maravilhosa.

Grande beijo, e até a próxima postagem!


"I find your lack of faith disturbing" VADER, Darth.


Em caso de erros na postagem, gostaria de lhes pedir para que me notifiquem à fim de disponibilizar a todos um material bem escrito e de boa qualidade. Grata.